A Polícia Civil de Oriente (15 km de Marília) investiga as circunstâncias da morte do montador Francisco Jefferson da Silva, de 22 anos, vítima de acidente de trabalho na manhã desta segunda-feira (15), na zona rural. Ele foi asfixiado por uma corda, durante operação frustrada que pretendia içar e posicionar parte de uma estrutura metálica, na montagem de uma torre de transmissão de energia elétrica em alta tensão. Há suspeita de negligência.
O acidente que matou Silva também feriu, com gravidade, o montador Carlos Gonçalves do Amorim, 45 anos. Jerry Adriano Pereira de Souza, 22, teve lesões leves e não precisou ficar hospitalizado. Já Amorim continua internado no Hospital das Clínicas.

Conforme relato dos funcionários à polícia, 12 trabalhadores estavam no local no momento do acidente, a uma altura de 60 metros. Eles manobravam uma peça conhecida pelos montadores como “facão”, com peso aproximado de 800 quilos.

Porém, de acordo com o delegado Cláudio Anunciato Filho, informações preliminares indicam que o grupo usava uma corda e uma polia para sustentar a peça. A polícia quer saber se havia, pelas condições técnicas do trabalho, a necessidade de um guindaste. “Se esse material e esse método estava inadequado, pode ficar caracterizada negligência”, afirmou.

O componente da torre não chegou a ir ao solo. Os três trabalhadores feridos usavam EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e não sofreram queda livre. José Francisco e Carlos foram içados pelos colegas pelo cinto de segurança.

As vítimas foram levadas à UBS (Unidade Básica de Saúde) de Oriente, onde Francisco chegou já sem vida. Ele morreu em virtude da corda que ficou envolta em seu corpo. A Polícia Civil e o IC (Instituto de Criminalística) foram até o local para perícias e apuração do caso. O Ministério do Trabalho também foi informado sobre o acidente e deve encaminhar laudo à polícia.

A maior parte do grupo mora no Estado do Piauí e residia em Oriente, de forma temporária, para a montagem da torre de transmissão. O corpo de Francisco foi submetido à exame necroscópico e encaminhado à família. Carlos permanece internado.

Os representantes da empresa de construções e montagens, com endereço em Pindamonhangaba, serão acionados para prestar esclarecimentos. A polícia apura se os trabalhadores receberam treinamento e orientação sobre a instalação da peça, além da possibilidade ou não da utilização de polias.

Fonte: Diário de Marília

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